Sou a filha mais velha de quem os pais já perceberam que não vão ter netos. Infelizmente, o preconceito social em relação às mulheres que não demonstram o seu instinto maternal, é enorme. Ser uma mulher sozinha, principalmente depois dos 35 anos, é visto como uma aberração. Se, ainda por cima, esta mulher não tem o desejo de ser mãe, é rotulada de egoista, amarga e incompleta.
O mais engraçado é ouvir frequentemente de mulheres casadas e mães que eu, a suposta egoista amarga e incompleta, é que tenho uma boa vida sem um homem que aturar, a quem lavar, passar e alimentar, nem filhos que sugam todo o tempo do mundo e deixam as mães sem forças para si mesmas ou para alimentar o casamento.
Sou feliz sem marido nem filhos. Acho que as pessoas deviam saber que há opções na vida e mais do que uma maneira de fazer as coisas sem esquecer o direito à individualidade e à felicidade prórpia e dos que nos rodeiam.
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